Experiência. As pessoas
caminham por entre a vida ávidas por experiências. De todos os tipos.
Incontáveis emoções. Uma música que toque a alma. Um filme que traga novo
sentido à razão de existir. Um olhar que toque a alma. Um amor que faça estremecer o coração.
Não obstante, o ser humano
encuba-se em seus medos, devaneios, desesperanças. Parece não acreditar em si,
em seu potencial. Muitas vezes ao deparar-se com as barreiras, cede. Prostra-se
letárgico perante o vislumbre da derrota e esquece a criança que um dia viveu a
encarar o novo como um caminho a ser desbravado. Diante de novas oportunidades
de ser feliz, tal qual o leão covarde de “O Mágico de Oz”, enche-se do
sentimento da frustração antes mesmo de tentar.
Dia desses ouvi de uma
pessoa especial: “O mais difícil você já fez, que é andar.” Parei pra pensar. E
não é que é verdade? Quando contava com meus quase um ano de vida, ou perto
disso, eu olhei para o chão, levantei-me sobre minhas pernas ainda não
treinadas para me obedecer os comandos e decidi tentar. Devo ter caído inúmeras
vezes até que consegui ficar firme dando um passo de cada vez e arrancando
sorrisos dos adultos que ali se faziam presentes.
Joseph Campbell, em
entrevista a Bill Moyers, registrada no livro “O Poder do Mito”, pela editora
Palas Athena, no Brasil; diz: “As crianças não são adoráveis porque estão
caindo a todo instante e porque têm o corpo pequeno e a cabeça muito grande?”
E, realmente são adoráveis, mesmo que certas vezes fiquemos bravos com tanta
energia que nos consome. Tenho uma priminha de quase um ano de idade, ela é
linda e teimosa. Ariana, ah, os arianos, desde pequenos mostram a que vieram
neste mundo. Ela me vê no computador e quer porque quer mexer. Minha avó
incentiva e fala: “Vai lá no facebook com o tio!” Outro dia desses ela
simplesmente arrancou a tecla de espaço do meu teclado. Jesus! Eu quase
morri... E ela me olhando com a cara mais tranquila do mundo, rindo com a tecla
na mão.
As vezes sinto que nos
falta isso: essa pureza e falta de medo de errar. Erramos e quando o fazemos
nos culpamos, só falta nos autoflagelar por causa dos nossos erros. Cedemos à
paixão e quebramos a cara e, quando a vida nos apresenta a oportunidade de amar
novamente, o medo nos trava. Ao nos depararmos com uma entrevista de emprego,
automaticamente nos lembramos de como fomos mal na última tentativa. Minha
priminha me ensina que isso é um erro. Mesmo eu brigando e olhando feio toda
vez que ela vem para perto do computador, ela não deixa de tentar, e ainda ri.
Experiência, certamente é
a única coisa que levaremos dessa vida. Não estamos nesta casca que é o nosso
corpo simplesmente para passar por aqui olhando a experiência alheia. Temos que
descobrir por nós mesmos o sentido de aqui estar. Porque nos foi dada a dádiva
de viver, acordar a cada dia e ter o sol brilhando sobre nossas cabeças,
entender porque determinado problema estásobre nossos ombros e como podemos
driblá-lo da melhor forma e sair vitoriosos.
No fim, independente do
resultado, o certo é que o aprendizado virá.
Vamos nos permitir.
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